domingo, 17 de janeiro de 2010

Mano Lima para download


Mano Lima, nome artístico de Mario Rubens Battanoli de Lima (Itaqui, 26 de agosto de 1953), música gaúcha bem campeira e xucra. Seus fãs dizem que ele é um filósofo dos pampas.Após iniciar sua carreira artística passou a residir em São Borja. Se caracteriza principalmente, em suas composições e canções por sua irreverência, pelo uso de um linguajar rústico, próprio do gaúcho nascido e criado no interior. Suas músicas tem como instrumento principal uma gaita de botão, que ele mesmo toca.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O poeta Alcy José de Vargas Cheuiche

Nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, a 21 de julho de 1940. Aos quatro anos de idade foi viver em Alegrete, sua terra adotiva, onde aprendeu a ler, escrever e amar vida do campo. Aos 18 anos de idade, prestou vestibular em Porto Alegre na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia e Veterinária. Durante o curso, colaborou em jornais universitários com artigos, contos e poesias. Diplomado em primeiro lugar em sua turma, conquistou uma bolsa de estudos para Paris. Essa experiência universitária brasileira, que prolongou-se na Europa com três anos de cursos de pós-graduação na França e na Alemanha, é muito visível em livros como O Gato e a Revolução e O Mestiço de São Borja.
Segundo os críticos que analisaram a sua obra, é no romance histórico que Alcy Cheuiche encontrou seu verdadeiro caminho na literatura brasileira. Sepé Tiaraju, Romance dos Sete Povos das Missões, um dos mais conhecidos, foi traduzido para o espanhol e para o alemão e também editado em quadrinhos no Brasil. A primeira edição em espanhol esgotou-se em cinco meses, merecendo do crítico Luis Neira, do jornal El Diario, de Montevidéu, uma das suas análises mais amplas e elogiosas (edição de 15 de março de 1996). Ana Sem Terra, com oito edições no Brasil e uma na Alemanha, é outro livro onde Alcy Cheuiche uniu seu talento de romancista com uma corajosa pesquisa histórica sobre a reforma agrária. Na Alemanha, foi um dos livros escolhidos para representar o Brasil na Feira do Livro de Frankfurt de 1994, tendo recebido calorosa acolhida da crítica especializada. Die Welt, por exemplo, em sua edição de outubro de 1994, destaca: Escrito em estilo vivo e cativante, o romance de Alcy Cheuiche é uma descoberta para aqueles que procuram uma entrada literária para o maior país da América Latina. O conhecido jornal de Berlim, Berliner Illustrierte Zeitung, em sua edição de 02.10.94, afirma: O romance Ana Sem Terra de Alcy Cheuiche é um livro que ajuda a entender o Brasil, bem distante dos encantos exóticos e do carnaval. Neste mesmo teor se manifestaram outras importantes publicações, como Rheinischer Mercur, Badischer Tagblatt, Hoheloher Zeitung, Heilbronner Stimme, Eppinger Zeitung, Der Tagesspiegel . No momento, o romance está com traduções encaminhadas para edições em espanhol e para o francês. Encontra-se também à disposição dos cegos uma gravação em fita cassete, pertencente ao acervo da “Audioteca da ACERGS - Associação dos Cegos do RS” (Biblioteca Lucília Minssen, Casa de Cultura “Mário Quintana”, 5º andar, Porto Alegre).

Obras:

Romances:
O gato e a revolução - 2ª Edição - AGE Sepé Tiarajú – Romance dos Sete Povos das Missões - 5ª Edição no Brasil (AGE), 2ª Edição no Uruguai (Banda Oriental), 1ª Edição na Alemanha (Ed. Evangélica Luterana) O mestiço de São Borja - 5ª Edição - Ed. Sulina A Guerra dos Farrapos - 4ª Edição (Prêmio Literário "Ilha de Laytano")-Mercado Aberto Ana sem terra - 8ª Edição no Brasil (Sulina) - 1ª Edição na Alemanha (Ed. Evangélica Luterana) Lord Baccarat - 3ª Edição - AGE A mulher do espelho - 1ª Edição - Coedição Sulina/AGE Nos céus de Paris – Romance da vida de Santos Dumont - 1ª Edição Prêmios “RBS” e “Laçador”, 2ª Edição Pocket – Editora L& PM Jabal Lubnan, as aventuras de um mascate libanês – 1ª Edição - Sulina 2003. Sepé Tiarajú - Revista em quadrinhos - 3ª Edição – PontoCom – 2006.

Crônicas:
O planeta azul Na garupa de Chronos - Editora Uniprom (Prêmio Açorianos 2001).

Teatro:
O pecado original - Ed.Mercado Aberto

Poesia:
Meditações de um poeta de gravata - 2ª Edição Entre o Sena e o Guaíba Versos do extremo sul Antologia poética – Martins Livreiro Editores – 2006

Adair de Freitas


Bueno!Deixo a disposição dos amigos,este linque, o qual permite baixar várias obras de Adair de Freitas, grande ícone nativo riograndense.
Bom proveito!!!


Lendas Gauchas Parte III

Quinta lenda

Negrinho do Pastoreio No tempo dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém.
Entre os escravos da estância, havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de estância não conheciam cerca de arame; quando muito alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar bobagem... No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus Nosso Senhor: rios, cerros, lagoas.
Pois de uma feita o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias às mãos do patrão, perdeu um animal no pastoreio. Prá quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo e saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância.
Então foi outra vez atado ao palanque e desta vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a "panela" de um formigueiro e atirar lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhando em sangue.
No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro. Qual não é a sua surpresa ao ver o negrinho do pastoreio vivo e contente, ao lado do animal perdido.
Desde aí o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela ou atirar num cano qualquer naco de fumo.


Sexta Lenda

Lenda do Rio Uruguai(Rio dos Passaros)
Ouvia lendas inesquecíveis sobre os sete povos e sobre o próprio município. Seu mundo interior povoava-se de figuras e dimensões encantadas. Destacava sempre uma em especial, a do nascimento do rio Uruguai, numa das muitas confrontações havidas entre o diabo vermelho dos índios, - o ANHAGUAPITÃ , - e São Pedro.
Certo dia o diabo, cansado de caminhar pelas matas, porque, nesse tempo, tudo isto aqui era só mato a perder de vista, o caaguaçu, o mato grande, de água não existindo nem as lagoas, nem o jacuí, nem o ibicuí: decidiu tirar uma sesta para refazer a as forças e continuar sua caçada de almas malvadas.
E tratou de se espichar num tapete de guanxumas alta. Caiu bem ao pé de uma figueira carregadinha de frutos maduros.
Nesses tempo, povoava essas matarias que se estendiam longe, a fazer limites com Santa Catarina e as terras do rei da Espanha, uma raça de passarinhos pequenos e cantadores, chamada URU. Aquele dia, depois de saborearem também os figuinhos roxos e suculentos, resolveram dar graças a Deus, cantando o que era uma lindeza de se ouvir. Eram milhares de milhares, estendidos desde de a linha serranias e pinheiras das alturas de Lajes, ao norte, ali por onde hoje se levanta Bom Jesus e Vacaria, até aqui por estas bandas rasas, no extremo sudoeste, por onde se alargam os pampas de Santana Velha e da Barra do Quaraì.
O diabo, que tem um sono de pedra e ninguém consegue acordar quando está dormindo, naquela tarde não pode deixar de ouvir a orquestra dos passarinhos. Sua irritação era tamanha que resolveu dar um sumiço nesses bajuladores do Velhinho lá de cima...
Unindo o gesto a palavra, encheu as bochechas vento, ficando com a cara em brasa, de tanto fazer força. Depois que tinha botado dentro da boca a maior quantidade de furacão, soprou com tanta fúria quanto podia, virando para o lado de onde lhe parecia provir o som.
A passarada tratou de se cambiar, atirando-se espaço a fora, num movimento único. Depois pensaram que se o diabo não queria que eles cantassem no fofo dos galhos e ramagens, então cantariam no ar mesmo fora de seu alcance. Lá em riba recomeçaram seu gorgeio, ainda mais bonito, mais alegre do que antes.
Furioso o diabo resolveu matar todos de uma vez só. Ouviu-se uma explosão, era como um tiro de canhão. E um horrível fedor de enxofre se propalou, na terra e no ar, deixando a bicharada tonta de cair.
Com aquele canhonaço que se ouviu por milhares de léguas ao redor, o velhinho São Pedro, que também andava cá na terra, desconfiou que aquilo não podia ser coisa boa.
Nisso o relampejo do sol, sobre as asas do miles de passarinhos que começavam a cair do céu a imitar uma chuva transparente, daquelas do tipo casamento da raposa, alertou o santo de vez.
Levantando as mãos para o céu, pediu a benção do Espírito Santo – que também era uma ave, pois sempre aparece disfarçado de pombinha branca – numa tentativa de salvar os bichinhos da senha malvada que os estava exterminado aos miles.
Ergueu a mão direita na direção da passarada que caia, e a medida que o poder mágico de seus dedos ia atingindo os uruzinhos, foi acontecendo um milagre. As avezinhas que ainda tinham qualquer sopro de vida no corpo, foram se transformando em gota d´água, e as que já tinham morrido, se despencaram do alto para o chão, mudadas em pequenas pedras redondas e chatas, hoje conhecidas pelo nome de chanteiras, e que lembra pelo formato um passarinho de assas abertas.
O volume de água foi tanto, a prosseguir pelo chão, por vales, matarias e campos, que o limite seco que separava o Rio Grande de Santa Catarina e da Argentina se tornou num rio enorme.
Foi assim que nasceu o rio dos Uruguai, o rio Uru-aa-i, rio dos passarinhos, outros chamam de “rio dos pássaros pintados”.

Simões Lopes Neto

Já que o assunto são lendas,falaremos um pouco de Lopes Neto!

Filho dos pelotenses Catão Bonifácio Lopes e Teresa de Freitas Ramos, ele era neto paterno do Visconde da Graça, João Simões Lopes Filho, e de sua primeira esposa, Eufrásia Gonçalves, e neto materno de Manuel José de Freitas Ramos e de Silvana Claudina da Silva. Nasceu na Estância da Graça, propriedade de seu avô paterno. Possuía ancestrais portugueses, de origem tanto açoriana como continental.
Com treze anos de idade, Simões Lopes Neto foi ao Rio de Janeiro para estudar no famoso Colégio Abílio. Retornando ao Rio Grande do Sul, fixou-se em sua terra natal, Pelotas, então rica e próspera pelas mais de cinqüenta charqueadas que lhe davam a base econômica.
Simões Lopes Neto envolveu-se em uma série de iniciativas de negócios que incluíram uma fábrica de vidros e uma destilaria. Porém, os negócios fracassaram. Uma guerra civil no Rio Grande do Sul - a Revolução Federalista - abalou duramente a economia local. Depois disso, construiu uma fábrica de cigarros. Os produtos, fumos e cigarros, receberam o nome de "Marca Diabo", o que gerou protestos religiosos. Sua audácia empresarial levou-o ainda a montar uma firma para torrar e moer café, e desenvolveu uma fórmula à base de tabaco para combater sarna e carrapatos. Ele fundou ainda uma mineradora, para explorar prata em Santa Catarina.
Casou-se em Pelotas, aos 27 anos, com Francisca de Paula Meireles Leite, de 19 anos, no dia 5 de maio de 1892, filha de Francisco Meireles Leite e Francisca Josefa Dias; neta paterna de Francisco Meireles Leite e Gertrudes Maria de Jesus; neta materna de Camilo Dias da Fonseca e Cândida Rosa. Não tiveram filhos.
Como escritor, Simões Lopes Neto procurou em sua produção literária valorizar a história do gaúcho e suas tradições.
Entre 15 de outubro e 14 de dezembro de 1893, J. Simões Lopes Neto, sob o pseudônimo de "Serafim Bemol", e em parceria com Sátiro Clemente e D. Salustiano, escreveram, em forma de folhetim, "A Mandinga", poema em prosa. Mas a própria existência de seus co-autores é questionada. Provavelmente foi mais uma brincadeira de Simões Lopes Neto.
Em certa fase da vida, empobrecido, sobreviveu como jornalista em Pelotas.
Publicou apenas quatro livros em sua vida: Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912), Lendas do Sul (1913) e Casos do Romualdo (1914).
Morreu em Pelotas, aos 51 anos, de uma úlcera perfurada.

Aqui estão os linques para lerem os livros:




Lendas Gauchas Parte II

Terceira Lenda

Caverá

O Caverá é uma região na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, ouriçada de cerros, que se estende entre Rosário do Sul e Alegrete. Na Revolução de 1923, entre os maragatos (os revolucionários) e os chimangos (os legalistas) o Caverá foi o santuário do caudilho maragato Honório Lemes, justamente apelidado "O Leão do Caverá".
Diz a lenda que a região, no passado, era território de uma tribo dos Minuanos, índios bravios dos campos, ao contrário dos Tapes e Guaranis gente mais do mato. Entre esses Minuanos, destacava-se a figura de Camaco, guerreiro forte e altivo, mas vivendo uma paixão não correspondida por Ponaim, a princesinha da tribo, que só amava a própria beleza...
Os melhores frutos de suas caçadas, os mais valiosos troféus de seus combates, Camaco vinha depositar aos pés de Ponaim, sem conseguir dela qualquer demonstração de amor.
Um dia, achando que lhe dava uma tarefa impossível, Ponaim disse que só se casaria com Camaco se ele trouxesse a pele do Cervo Berá para forrar o leito do casamento. O Cervo Berá era um bicho encantado, com o pelo brilhante - daí o seu nome. O mato era dele: Caa-Berá, Caaverá, Caverá, finalmente.
Então Camaco resolveu caçar o cervo encantado. Montando o seu melhor cavalo, armado com vários pares de boleadeiras, saiu a rastrear, dizendo que só voltaria depois de caçar e courear o Cervo Berá.
Depois de muitas luas, num fim de tarde ele avistou a caça tão procurada na aba do cerro. O cervo estava parado, cabeça erguida, desafiador, brilhando contra a luz do sol morrente. Sem medo, Camaco taloneou o cavalo, desprendeu da cintura um par de boleadeiras e fez as pedras zunirem, arrodeando por cima da cabeça. Então, no justo momento em que o Cervo Berá deu um salto para a frente quando o guerreiro atirou as Três Marias, houve um grande estouro no cerro e uma cerração muito forte tapou tudo. Durante três dias e três noites os outros índios campearam Camaco e seu cavalo, mas só acharam uma grande caverna que tina se rasgado na pedra dura do cerro e por onde, quem sabe, Camaco e seu cavalo tinham entrado a galope atrás do Cervo Berá para nunca mais voltar.
Quarta lenda

A Lenda do Umbu

O Umbú é uma árvore grande e folhuda que cresce no pampa.Muitas vezes é solitária, erguendo-se única no descampado e atrai os campeiros, os tropeiros, os carreteiros que fazem pouso sob sua proteção. O tronco do Umbu é muito grosso, as raízes fora da terra são grandes, mas ninguém usa a madeira da árvore - não serve para nada, mesmo. É farelenta, quebradiça, parece feita de uma casca em cima da outra.Por quê?Pois não vê que quando Deus Nosso Senhor criou o mundo, ao fazer as árvores perguntava a cada uma delas o que queria na terra.A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e assim por diante, quiseram frutos deliciosos. O pau-ferro, o angico, o ipê, o açoita-cavalo, a guajuvira, pediram madeira forte.- E tu, Umbú, queres também frutos doces e madeira forte?- Nada, Senhor. - respondeu o Umbú. - Eu quero apenas folhas largas para as sesteadas dos gaúchos e uma madeira tão fraca que se quebre ao menor esforço.- A sombra, Eu compreendo - disse o Senhor. - Mas porque a madeira fraca?- Porque eu não quero que algum dia façam dos meus braços a cruz para o martírio de um justo.E Deus Nosso Senhor, que teve o filho crucificado, atendeu o pedido do Umbú.

Curiosidades

Phytolaca dioica é conhecida como umbú (ombú na Argentina) nativa do Rio Grande do Sul e nos pampas da Argentina. Alguns botânicos a classificam como uma erva gigante já que não possui lenha, mas um tronco mole e fibroso, porém resistente. As folhas cozidas, em aplicações externas, servem para combater sarna e feridas que não cicatrizam, no entanto não devem ser ingeridas já que causam diarréias violentas. É uma árvore quase não habitada por pássaros. Durante a noite, de suas folhas se desprendem emabações nocivas à saúde.

Sabe-se que na época do descobrimento os indígenas plantavam, junto ao sepulcro de seus maiores, um umbú. Pode ser por isso que lhe foram atribuídos aspectos tristes como aos ciprestes ou salgueiros.
Era crença india, que uma árvore solitária no caminho, como acontece ordinariamente ao umbú, era habitada por espíritos e para conjurá-los era preciso atar-lhe pedrinhas cobertas com pedaços de roupas.
Há umbús históricos, em cujas sombras já foram discutidas assuntos de relevante importância. À sombra de seus galhos já abrigou indômitos guerreiros. Primeiro os que defendiam a pátria contra os estrangeiros, depois o gaúcho monarquista em defesa de seu Monarca Imperial e por último, os filhos deste na defesa de idéias que lhes conduziram a um destino melhor. Todos foram morrendo, mas o umbú continuou lá. À sua sombra brincamos quando crianças e nos abrigamos do calor do sol na velhice...E ele ainda permanece lá, alegre e forte! Quanto maior a seca, mais verde ele fica. Quanto mais fria a geada, mais ele floresce.
O umbú personifica o vulgo ignaro, que no seu modo de pensar tem muito do homem primitivo, as forças da natureza e todos os objetos que as manifestam.

Florencio Molina Campos



(Texto cedido pelos organizadores do site www.folkloredelnorte.com.ar.Muchas gracias ,hermanos,por lo regalo!)

Nascido em Buenos Aires em 21 de Agosto de 1891. Havia dez irmãos, três homens e sete mulheres, e todos tiveram como um segundo nome "De los Angeles", que era também o nome da residência da família de sua mãe no Tuyú (General Madariaga, Buenos Aires). Ele passava os verões e 6 anos e mostrou sua inclinação para o desenho.Concluído estudo no Colegio del Salvador, dos jesuítas e começou a trabalhar no correio. Ele também tentou iniciar a venda das terras e propriedades, mas seus esforços foram infrutíferos.Com 28 anos ele se casou com Maria Hortense Parker Avellaneda e dez meses nascimento de sua única filha, Daisy Maria. Em seguida, seu irmão Carmelo estava trabalhando em uma fábrica em Santiago del Estero, onde passou alguns anos muito difíceis.Ele separou de sua esposa após tal como s 4 anos de casamento e foi contratado como escriturário na Sociedade Rural Argentina, Buenos Aires. Seus colegas o incentivou a apresentar desenhos e pinturas que ele fez e chamou, modestamente, desenhos animados. Assim, em agosto 1926 realizou sua primeira exposição em Palermo Livestock Show, consistindo de 61 pastéis e aquarelas, que vende completamente o grande impulso que deu ao presidente nasceu n, Dr. Marcelo Torcuato de Alvear, que Eu comprei dois livros. Poucos meses depois, uma outra exposição realizada em Mar del Plata, nas instalações da galeria Witcomb. Lá, ele conheceu Elvira Ponce Aguirre, um professor que viveu Mendoza com o resto dos seus dias.As apresentações continuaram sempre com grande sucesso e da densidade da amostra de Palermo foi um dos principais atrativos de quatro anos. Fábrica Alpargatas encomendou doze pinturas para ilustrar o almanaque de 1931. As obras, que foram vendidos em 70 pesos, foram, então, reconhecido pela empresa que lhe pagou 500 pesos cada. De 1931 a 1936, ele apresentou os almanaques e novamente realizada entre 1940 e 1945. Nestes 12 anos, quase 18 milhões de chapas litográficas com as suas obras foram distribuídas pela Argentina e países vizinhos, e se tornou a primeira galeria de arte folclórica argentina, os almanaques, comecei a inclui-lo, em que respeitado Florencio maneira que eles falaram seus compatriotas amado. Por exemplo, disse que seu personagem Tileforo Areco "cansao de perambulação e agregao uma passadeira ... eu ficar ou dentro de uma coceira para saber o que seria deixado como uma criatura próximo. Seus textos têm causado um evento como esse, que também foi contratado para contar as histórias no rádio.Continua a viajar pelo interior e salas de visitar amigos, mas sinceramente procuraram "lugar" para resolver fora da cidade. E ele encontrou em Moreno, às margens do rio Reconquista, Ali, ele construiu seu rancho que nomeou os estribos, em honra da família marca Molina Campos utilizados para a propriedade do gado em todas as obras de Florença, e são dois contrafortes cruzados.Sua obra já era conhecida, graças aos almanaques, também nos Estados Unidos, onde fez apresentações que tiveram lugar em várias bibliotecas, ao invés de galerias de arte. Lá eu conheci o fundador da Universidade do Texas, Edward Larocque Tinker, que adquiriu uma coleção de pinturas à instituição de ensino que abriga 45 das suas melhores obras.Florencio desejo sempre foi de começar a ver os seus personagens animados. "Certa vez, Walt Disney viajou para a Argentina, mas Florença foi na Alemanha em um festival de cinema. Meses depois, eles se encontraram na Califórnia, onde começou Florencio aconselhar sobre uma série de filmes que a Disney estava fazendo, situado na América do Sul. Essa relação de negócios foi de curta duração, como Molina Campos contestou a falta de rigor desenhos documentário produzido nos Estúdios Disney. A amizade durou vida, mas abortou a idéia de recriar seus compatriotas amada junto com a Disney. Enfim, seu trabalho foi refletido em Goofy Goes The Flying Gaucho Gaucho e apresentado na Argentina e The Flying Burrito. Ele também colaborou na Saludos Amigos, um filme que traça o percurso da Disney na América do Sul.Em 1942 realizou uma exposição no Museu de Arte Moderna de San Francisco e outras cidades dos Estados Unidos.Entre 1944 e 1958, contratou uma empresa de Minneapolis para editar o seu trabalho em calendários, e foi no momento em que começou a pintar em Florença leo. Em seus primeiros dias fez aquarelas e pastéis, mas o seu meio preferido de temperaturaAlém disso, fez ilustrações para livros, como Fausto, de Estanislao del Campo eo roxo fechado, Henry Hudson, e atuou no curta Pampa manso, que foi apresentado no Festival de Berlim, onde o pintor estava presente.Voltando ao país, fez um show na galeria Argentina, que seria a sua última exposição. Constou de 80 peças e voltar ao país, fez uma galeria m estratégicas na Argentina, que seria a sua última exposição. Constou de 80 obras, eo sucesso foi total 70 quadros foram vendidos. Após o evento, foi buscar uma pequena operação e Novembro 16, 1959 morreu de uma complicação cardíaca.Um estilo pessoal. Molina trabalho AMPOS é representativa de nosso país e seu povo. Graças aos almanaques de alpercatas e exposições que viajou por todo o país, seu trabalho é amplamente conhecido. Sempre pintou seus contemporâneos, representava os camponeses viram como E1. Mas ele nunca usou modelos ou definir o cenário para suas pinturas. Pintou a noite ou final da tarde, em uma placa de arquitetos, inventando personagens e recriar as imagens que estavam em suas retinas. Isto é surpreendente quando se observa os detalhes preciosos das suas obras. A temperatura foi a técnica que é mais confortável. A última coisa que eu costumava chamar era o rosto de seus personagens. Ele dominou a pintura com um mestre, mas apenas menos de 200 obras realizadas com esta técnica.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A salamanca do Jarau (resumo)

Segunda Lenda


Salamanca do jarau
No tempo dos padres jesuítas, existia um moço sacristão no Povo de Santo Tomé, na Argentina, do outro lado do rio Uruguai.
Ele morava numa cela de pedra nos fundos da própria igreja, na praça principal da aldeia.
Ora, num verão mui forte, com um sol de rachar, ele não conseguiu dormir a sesta. Vai então, levantou-se, assoleado e foi até
a beira da lagoa refrescar-se. Levava consigo uma guampa, que usava como copo.
Coisa estranha: a lagoa toda fervia e largava um vapor sufocante e qual não é a surpresa do sacristão ao ver sair d'água a
própria Teiniaguá, na forma de uma lagartixa com a cabeça de fogo, colorada como um carbúnculo. Ele, homem religioso, sabia
que a Teiniaguá - os padres diziam isso!- tinha partes com o Diabo Vermelho, o Anhangá-Pitã, que tentava os homens e
arrastava todos para o inferno. Mas sabia também que a Teiniaguá era mulher, uma princesa moura encantada jamais tocada por
homem. Aquele pelo qual se apaixonasse seria feliz para sempre.
Assim, num gesto rápido, aprisionou a Teiniagá na guampa e voltou correndo para a igreja, sem se importar com o calor. Passou
o dia inteiro metido na cela, inquieto, louco que chegasse a noite. Quando as sombras finalmente desceram sobre a aldeia, ele
não se sofreu: destampou a guampa para ver a Teiniaguá. Aí, o milagre: a Teiniaguá se transformou na princesa moura, que
sorriu para ele e pediu vinho, com os lábios vermelhos. Ora, vinho só o da Santa Missa. Louco de amor, ele não pensou duas
vezes: roubou o vinho sagrado e assim, bebendo e amando, eles passaram a noite.
No outro dia, o sacristão não prestava para nada. Mas, quando chegou a noite, tudo se repetiu. E assim foi até que os padres
finalmente desconfiaram e numa madrugada invadiram a cela do sacristão. A princesa moura transformou-se em Teiniaguá e fugiu
para as barrancas do rio Uruguai, mas o moço, embriagado pelo vinho e de amor foi preso e acorrentado.
Como o crime era horrível - contra Deus e a Igreja! - foi condenado a morrer no garrote vil, na praça, diante da igreja que
ele tinha profanado.
No dia da execução, todo o Povo se reuniu diante da igreja de São Tomé. Então, lá das barrancas do rio Uruguai a Teiniaguá
sentiu que seu amado corria perigo. Aí, com todo o poder de sua magia, começou a procurar o sacristão abrindo rombos na
terra, um valos enormes, rasgando tudo. Por um desses valos ela finalmente chegou à igreja bem na hora em que o carrasco ia
garrotear o sacristão. O que se viu foi um estouro muito grande, nessa hora, parecia que o mundo inteiro vinha abaixo, houve
fogo, fumaça e enxofre e tudo afundou e tudo desapareceu de vista. E quando as coisas clarearam a Teiniaguá tinha libertado o
sacristão e voltado com ele para as barrancas do rio Uruguai.
Vai daí, atravessou o rio para o lado de cá e ficou uns três dias em São Francisco de Borja, procurando um lugar afastado
onde os dois apaixonados pudessem viver em paz. Assim, foram parar no Cerro do Jarau, no Quaraim, onde descobriram uma
caverna muito funda e comprida. E lá foram morar, os dois.
Essa caverna, no alto do Cerro, ficou encantada. Virou Salamanca, que quer dizer "gruta mágica", a Salamanca do Jarau. Quem
tivesse coragem de entrar lá, passasse 7 Provas e conseguisse sair, ficava com o corpo fechado e com sorte no amor e no
dinheiro para o resto da vida.
Na Salamanca do Jarau a Teiniaguá e o sacristão se tornaram os pais dos primeiros gaúchos do Rio Grande do Sul. Ah, ali vive
também a Mãe do Ouro, na forma de uma enorme bola de fogo. Às vezes, nas tardes ameançando chuva, dá um grande estouro numa
das cabeças do Cerro e pula uma elevação para outra. Muita gente viu.
Veja em detalhes,no livro,Lendas do sul de Simões Lopes Neto.

Lendas Gauchas

Uma das partes que abrange nosso folclore são as lendas,aquelas passadas de pai pra filho,do avô para o neto,em fim de pessoas para pessoas falando das gauchadas,camperiadas,etc.

Mas o que é lenda?
As lendas são parte importante do folclore de um povo, estudá-las éfundamental para o aprofundamento da alma popular. Muitas vezes não conhecemos um grupo social em profundidade sem intimar o seu folclore.Estudar as lendas, portanto, é fundamental.

Por que conta-las ?
As lendas são histórias da região contada pelo seu povo. O povo conta
lendas para fazer a sua autobiografia, para relatar as suas memória.
Trata-se de uma profunda e urgente necessidade de explicar-se. As lendas
são assim um depoimento que o povo faz sobre si mesmo e para si mesmo.
Depor sobre nós mesmos !!! E o folclore tem a vantagemsobre a mera confissão de ser sempre coletivo. Dá explicações, diz dosporquês, exorciza fantasmas,consagra o herói. Um banco forrado de pelego numa roda de mate será sempre mais eficaz que um terapia de grupo. Então, tenha uma boa leitura.

Primeira Lenda:

A Origem do Mate – Guaranis(Mate – Caá)


Caá-y (Erva Mate)

Árvore da Erva Mate (Ilex paraguariensis)
Entre um dos povos de fala guarani, na região do Guairá, havia uma moça de nome Yarí-i, que tinha um velho pai. A tribo chegava num lugar, derrubava mata, plantava mandioca e milho. Mas quando a terra ficava fraca e a caça e pesca começava a escassear, era hora de mudar.
Yarí-i era filha mais nova do velho guerreiro. Era bela e jovem, e cuidava com carinho de seu velho pai quase cego, que se negou a seguir com a tribo à qual pertenciam, quando foi hora de partir. Ele já não podia caçar, pescar, nem caminhar velozmente pela mata. Não tinha mais forças para continuar.
Mas antes de sua tribo partir pediu-lhes que levassem sua filha. Era jovem demais para perder sua juventude na solidão da mata, acompanhando seu velho pai. Merecia a companhia de outros jovens.
Mas a jovem negou-se a seguir com a tribo, dizendo que ficaria e cuidaria do velho pai. Aprenderia a caçar e pescar como os homens, e a cozinhar como uma mulher. Ela sabia que sem sua ajuda, o pai não sobreviveria.
Carinhosa e dedicada, Yarí-i rapidamente aprendeu a pescar, caçar, colher os frutos na mata fechada e cozinhar deliciosas comidas para o pai.
O pai agradecido, pedia a Tupã que recompensasse a filha por tanto sacrifício.
Um dia apareceu na tapera um viajante estranho, pedindo pousada, pois vinha de muito longe, estava cansado e com fome. O velho, apesar da pouca comida, ofereceu abrigo ao viajante.
Este viajante foi muito bem recebido pelos solitários. Yarí-i caçou e cozinhou para ele. À noite, cantou-lhe um belo e triste canto para que adormecesse na confortável cama que ela mesma lhe havia preparado em uma outra tapera, e na qual esperava que ele tivesse um bom descanso e o melhor dos sonos.
No dia seguinte, o viajante saiu para caçar. Entrou em uma mata próxima, voltando com muita caça para seus hospedeiros. Era em retribuição a tão boa acolhida que teve daqueles dois. Disse que nunca tinha sido tão bem recebido.

Folhas de erva-mate
Então, preparou-se para partir. Mas antes de recomeçar a caminhada, confessou aos seus hospedeiros ser um enviado de Tupã, que estava preocupado com a sorte dos dois. Para retribuir o tratamento impecável recebido, perguntou-lhes o que desejavam, pois fosse qual fosse o pedido seria atendido.
O velho e cansado pai, pensou na filha, que não casara, não tinha filhos, e ficara apartada de sua tribo para dele cuidar. Pediu então ao mensageiro de Tupã que lhe desse algo para devolver-lhe as forças. Assim Yarí-i ficaria livre para voltar para a tribo já que não precisaria mais cuidar do pai.
O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de uma árvore que chamou de Caá. Ensinou-lhe que ele deveria colher as folhas e secá-las ao fogo. Depois tinha que triturá-las e colocar dentro da cuia, juntando água quente no frio, ou água fria no calor. Depois que bebesse desta infusão, com um canudo de taquara. Assim voltaria a ter força, vigor, além de que a bebida seria grande companhia até nas horas tristes de solidão.
Por mais que cortasse das folhas da caá ela jamais deixaria de brotar e florir, cada vez com mais vigor, sendo eternamente jovem.
Quanto a Yarí-i foi transformada em imortal, a Caá-Yarí, deusa dos ervais e protetora da raça guarani. Ela tornou-se a responsável pela caá, para que jamais deixasse de existir. Cada um que fizesse uso da caá seria forte e feliz. Yarí-i teria que contar sobre ela para todos. Mas ela não sabia como faria isto isolada no meio da mata, sem ninguém por perto.
Em uma tribo que vivia perto dali, teve uma grande festa. Dois moços brigaram e um deles acabou morto. O que sobreviveu foi expulso da tribo e começou a vagar pela mata. Jaguaretê caminhou muito até que cansado, pediu para morrer. Foi então que viu uma índia muito bonita que se disse chamar Caá-Yarí. Ela ensinou-lhe o uso da caá-y (erva-mate), fazendo-o recompor-se do cansaço.
Muito tempo se passou, até que novamente apareceu um grupo de caçadores por ali. Viram uma tapera velha, e de dentro saiu um homem de cabelos muito brancos, mas parecia jovem pela força e alegria que tinha. Era o jovem Jaguaretê expulso da tribo, agora já velho. Ele então contou aos visitantes sobre o caá-y, ensinando-lhes a usá-lo. E estes ensinaram a outros, que ensinaram a outros mais.
Passado muito tempo mais, chegou um povo estranho de gente branca, que aprendeu com os índios a tomar da infusão. Caá-y virou Erva-Mate na língua destes estranhos. Mas até hoje, é símbolo de hospitalidade oferecer da Erva-Mate aos visitantes, do mesmo jeito que fez Jaguaretê, quando encontrou novamente sua tribo.

Curiosidades:

Caá em língua guarani quer dizer planta ou erva. A palavra mate usada para designar a erva-mate, deriva da palavra quíchua Matí, nome que davam à cabaça na qual toma-se a erva, já na época dos espanhóis. Anteriormente era Caá-í o nome da bebida. Era consumida também entre os Aimarás e Quíchuas (povo que ficou conhecido como Inca).
Além de beber a infusão na cuia feita do fruto seco do porongo, com canas feitas de taquara, os indígenas também mascavam as folhas nas longas viagens. No Brasil a bebida quente é chamada de Chimarrão, que vem do espanhol cimarrón, designação que era dada ao animal doméstico que fugindo do dono voltava a ser selvagem. A bebida fria é chamada de Tereré. Nos países de língua espanhola (Argentina, Paraguai, Uruguai) é conhecida como Yerba Mate ou Hierba Mate a versão quente, e a fria também é chamada de Tereré.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

PROGRAMAÇÃO 15º ACAMPAMENTO DA ARTE GAÚCHA - TAPES/RS




15º ACAMPAMENTO DA ARTE GAÚCHA - TAPES/RS
07 à 10 de Janeiro de 2010 Parque Municipal de Eventos Paulo Alfonsin Simchen

PROGRAMAÇÃO



07/01/2010 (quinta-feira) 21h - Abertura Oficial - Show de abertura com MARCO LIMA E GRUPO 22h - Concurso Instrumentista: "Classificados na categoria Instrumental" Encerramento palco 2: música ao vivo com Braulino e Clarisse Bueno



08/01/2010 (sexta-feira) 21h - Show de abertura com LUIZ MARENCO 22H - Concurso de Canções: "Classificados na categoria de Canções" Encerramento palco 2: música ao vivo com Braulino e Clarisse Bueno



09/01/2010 (sábado) 21h - Show de abertura com CÉSAR OLIVEIRA E ROGÉRIO MELLO 22h - Apresentação dos Instrumentistas e Canções classificadas PREMIAÇÃO TROFÉU TIO LAUTÉRIO Encerramento palco 2: música ao vivo com Braulino e Clarisse Bueno



10/01/2010 (domingo) 21h - Show de encerramento com LISANDRO AMARAL E GRUPO 22h - Encerramento palco 2: música ao vivo com Braulino e Clarisse Bueno



Informações:

Maria Py (51) 3672-1877

e-mail:turismo@tapes.rs.gov.br